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Aulas de volta, mas ainda sem agência Online

12 nov

Curso de jornalismo da PUC-SP volta às aula, sem  atendimento das reivindicações

Daniella Vergani

A greve de alunos e professores de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, que teve seu inicio em outubro e foi registrada aqui no Assinalistapramim chegou ao fim e os universitários puderam voltar às aulas, mas sem muita diferença.

Relembrando, o principal motivo da greve foi a não instalação da Agência Online de Jornalismo, que já foi aprovada e deveria estar funcionando desde 2008. Além de que no site da universidade consta que ela existe. Outra séria de reivindicações foram feitas, como melhor infra estrutura para as salas de aula, em condições precárias, e contratação de mais professores.
Segundo outros veículos de comunicação, a mobilização conseguiu sinalizações positivas por parte da Reitoria e da Fundação São Paulo (entidade mantenedora da universidade), e a greve continuou até então para tentar garantir que essas sinalizações se transformassem em acordos e comprometimento, mas para a estudante do curso Mariana Araujo faltou organização. “Foi uma greve mal organizada da parte dos alunos e dos professores. A dona do espaço da Faficla, que é o meu prédio, disse que ela não foi contatada por ninguém sobre a construção da Agência Online, então não sei exatamente no que vai dar”.

Enfim, a greve acabou definitivamente depois da realização da audiência pública com o CONSAD (Conselho Superior de Administração). onde foi aprovado o que faltava para Agência Online ser construída. Segundo a estudante do curso Mariana Araujo, esse foi o único comprometimento do CONSAD.

Veja a primeira matéria sobre a Greve: https://assinalistapramim.wordpress.com/2010/10/29/greve-na-puc/

GREVE NA PUC

29 out

Daniella Vergani

O curso de jornalismo da PUC-SP está paralisado desde o dia 18 de outubro. Essa atitude partiu dos professores  que não tiveram nenhuma de suas reivindicações atendidas. O Consad – Conselho Superior de Administração, considerado órgão de deliberação máxima da Universidade, formado pelo reitor Dirceu de Mello e os dois secretários – padres- da Fundação São Paulo, Rodolph  Perazzolo e João Julio Farias, adiou novamente a aprovação da agência de Jornalismo Online.

Uma carta foi enviada ao reitor avisando a greve, caso as reivindicações não fossem realizadas. Entre essas reivindicações estava a instalação da agência de Jornalismo Online e  melhores condições para que as aulas possam ser dadas, como projetores, uma melhor estrutura física do prédio e caixas de som ( que tem sido trazidas pelos professores de casa).

Segundo carta divulgada a imprensa a greve tem o intuito de “lutar por uma educação de qualidade, digna, crítica, emancipatória, na contramão das medidas que vêm sendo tomadas pela Reitoria e Fundação São Paulo, reflexo da conjuntura da educação em todo o país. Queremos uma educação que não seja pautada pela adequação ao mercado com o puro objetivo de lucro.”

As condições precárias da faculdade de comunicação já vinham incomodando professores e alunos, e a “gota d´água” foi, mais uma vez , o adiamento da implantação da agência de Jornalismo Online. Aprovada em 2006, tem como base o contato dos estudantes com a web. Consiste em uma sala com alguns computadores, uma linha telefônica, impressora e um professor para orientar o funcionamento. O projeto precisou ser reavaliado, pois o padre João Julio ressaltou que a implantação desse projeto acarretaria em uma redução de faturamento com o curso de jornalismo, que é atualmente um dos mais lucrativos para PUC-SP. Aprovado novamente, em todas as instâncias, desde 2008, a agência Online ainda não foi criada mas esta publicada no site oficial da faculdade, divulgando ainda a existência de dois professores responsáveis pelo funcionamento dela.

De acordo com a Carta a Imprensa, Sandra Rosa professora e diretora da Faculdade de Filosofia, Comunicação e Letras e Artes da PUC – SP, é outro obstáculo, teve o projeto sob sua guarda durante meses enquanto alegava que não estava em suas mãos, além disso, está solicitando um regimento, que já existe, para que a agência tenha que ser aprovada em todas as instancias, de novo.

Mariana Araujo, estudante de jornalismo da Universidade relata outras criticas além da demora da agencia Online e conta a posição dos alunos diante desses acontecimentos:  “Existem também outras coisas, como péssima infra estrutura do prédio e das salas de aula, falta de equipamento para os professores sem contar os constantes cortes de professores, que acabam sobrecarregados com a quantidade de aulas que são “obrigados” a dar. A maioria dos alunos concorda com a greve e a importância dela pro nosso curso, e os que não concordam acho que seria principalmente pela mensalidade que continua sendo paga mais continuamos sem aula e vamos ter que repor em dezembro.
Eu acho que a reitoria vai atender pelo menos alguma das nossas reivindicações, porque os alunos e os professores estão bem unidos e organizados, querendo que essa paralisação tenha resultados, fizeram faixas para alertar a PUC que estamos em greve e fizeram uma ato na frente da reitoria dia 19 de outubro a noite.”

E para Mariana, falta atenção da reitoria para com os futuros jornalistas “Independente dos problemas internos da administração, realmente falta atenção para nosso curso, nosso prédio cai aos pedaços, não temos condições de ter aula às vezes por falta de sala, é bem complicado, apesar de o curso ser muito bom, a infra estrutura, que poderia melhorar a situação do curso, deixa a desejar”.

Professores e estudantes reafirmam que não vão se retirar da greve até que suas reivindicações sejam atendidas.